sexta-feira, 30 de julho de 2010

Eu não sou mais um menino


Não, eu não sou mais um menino. Eu cresci. Não queria, mas cresci. Agora sou um homem, adulto. E com isso me tornei cansado, preocupado e estressado.Antes, me preocupava com a nota de inglês na escola. Agora, me preocupo com a nota de sociologia na faculdade. Antes, me preocupava com qual seria o próximo jogo que compraria pro meu videogame, agora, eu preciso saber qual vai ser o próximo jogo de um time da quarta divisão e ir lá fazer a sua cobertura. Antes, eu via a família de forma distante quanto aos problemas, agora, eu vivo cada segundo das agonias que ela vive. Antes, eu só precisava de uma noite de sono pra me recuperar de tudo o que me cansava e afligia, agora, eu não sei mais como o fazer.
Talvez eu só esteja sendo um fraco, um péssimo homem que reclamava constantemente do que tem enfrentando, mas, talvez, os problemas tenham realmente crescido e acontecido, quem sabe propositalmente, no mesmo instante. Talvez a vida queira me testar, me fazer amadurecer mais do que eu queria ou tinha amadurecido. Talvez o que eu tenha crescido não seja o suficiente ainda. Mas eu não sabia que chegava a esse ponto em que a vida torna-se sem grava, vazia, com poucos momentos de felicidade e prazer. Eu sempre achava que gente grande era feliz...mas não é o que acontece com a grande gente por aí. Nem comigo. A única presença que eu sinto, no momento, é a da ausência.
Quem sabe estou vivendo a crise dos 20 antecipada. Quem sabe eu não saiba conduzir a vida, ou quem sabe eu só não aprendi a lidar com ela ainda, de fato. Quem sabe eu seja inexperiente. Mas, quem sabe, a minha vida não esteja exatamente como eu esperava e me deu alguns golpes, quase me derrubando como uma criança. Não, eu não sou mais um menino! Eu cresci...

3 comentários:

  1. um dia acontece e a gente tem que crescer,temos q encarar a responsa!..td se ajeita..passei por furacoes e sobrevivi..beijo

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  2. Bom texto. Me identifiquei com algumas partes.

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  3. Cresceu mesmo. A lembrança que trago cravado em meu coração, é a de um bebe chorando desesperadamente em meus braços, a falta da mãe que foi trabalhar. Que ninando me puz a cantar baixinho e olhando em seus olhos fui dizendo o quanto o amava, e como se me entende-se o filho tomado, calou-se, adormecendo tranquilo nos meus braços, confiante do porto seguro. Naquele momento senti que fui perdoada.
    Te amo para sempre!

    Tia Zana

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