segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Segue

Aquelas ruas que me habituei a conhecer já não mais me acolhem da forma como faziam antes. Ainda assim eu sigo caminhando, com os pés arrastando no chão e uma cara meio emburrada.
Ao meu lado os carros seguem, as pessoas seguem. Seguem pra um lugar que desconheço, mas seguem. O vento segue, de um lado pro outro, de cima pra baixo. Mas segue.
A vida parece gritar “SEGUE!”. E quando vou gritar de volta, o nó na garganta trava a fala. Quanto mais tento desatar, mais aperta. Então, pra evitar sufocar, viro as costas, respiro fundo e faço a única coisa que me parece possível: tento seguir.

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