Da janela do meu quarto eu vejo passarem as árvores. O Sol se esconde atrás de um mar de nuvens com expressões arredias. Da janela do meu quarto vejo carros passando em alta velocidade na direção oposta. E no reflexo do vidro vejo um rosto de olhar distante, que olha a janela do próprio quarto. Uma janela que mostra a própria vida em si. Um quarto móvel, que sobe e desce por estradas que cortam cidades.
E cada curva dessa estrada traz de volta essa revolta de ter que crer que essa água turva que é o ser, nos faz ser quem a gente realmente é.
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