segunda-feira, 27 de maio de 2013

Rua sem saída


Perdi as chaves do apartamento.
E também a sobriedade.
Os livros que não me contaram suas histórias e pensamentos
Perderam-se.
As horas já não sabem o caminho de volta.

A rua que eu subia
virou a direita e parou na parede que dizia
Sem saída.
E eu não recomendaria a entrada.

Quanta comida desperdiçada
Aglomera moscas e ratos em torno do latão de lixo
Quanta vida desperdiçada
Aglomera lamentações e revolta pela falta de capricho

Quanta porta não aberta, falta até a ebriedade.
Quanto livro não aberto, sobra até ansiedade.
Quanta rua sem saída.
E eu não recomendaria a entrada.

Um comentário:

  1. Tenho nada pra falar, mas como aqui nao existe a opção curtir, então tenho que falar... Curti! =]
    Bjs!

    ResponderExcluir